sexta-feira, 12 de agosto de 2011


Jogue com cartas sensatas, instigantes e certeiras.
Aposte alto e arrisque as moedas, trocos, trapos e farrapos que podem ser tão importantes para você.
Eu sou a carta coringa.
Você é o comprador de especiarias, o mercador, o manda mais.
Manda a ver então, vá à bancarrota e mostre o quão afoito é.
Ouro, prata, zinco. Meu medalhão carrego escondido.
A sorte está comigo e a ti resta apenas jogar, arriscar um jogo de azar.
Eu giro a roleta, o número que cairá é uma combinação certeira de muitos tempos, de nosso tempo, do tempo que fizemos.
Dados, dardos, cartas, fichas, objetos, bilhetes. Cuidado!
Nada tem valor. Tem valor quem aprecia o arpoador que fisga a todos sem dó e sem rancor.
Por isso eu também aposto, e aposto alto. Bem alto, para me arriscar de verdade e pôr tudo a perder até enlouquecer de vez a todos que me cercam de atenção.
Afinal, é tudo combinado mesmo. É tudo artimanha. E no fim, estou ficando maroto também.

domingo, 7 de agosto de 2011

Passo, pingo, pinto, sinto.
Passo entre as árvores e as tiro do chão.
O vento cavalheiro canta em companhia à minha passagem.
Pingo de cansaço por não ter chegado na hora certa. Perdi a carona e a vida deixou-me a esperar.
Pinto as paredes de um quarto já sem vida, em que as cores serão revigorantes. Um tônico infalível para momentos de reflexão.
Sinto que tudo precisa de um motivador e o que me move é a mudança.