segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A fazenda 2

A estreia da segunda edição do reality A Fazenda revive o trunfo da TV Record para alavancar sua audiência e verba publicitária. Com 14 novos participantes já conscientes do benefício que o programa pode fazer em suas carreiras, o programa que começou desacreditado na primeira edição, ganhou respeito e se consolida como o segundo reality show mais importante da TV aberta brasileira.

Brito Junior vai dar conta do recado? O programa vai emplacar? Os pseudo-famosos vão agradar ao público? E as comparações com Casa dos Artistas e Big Brother eram perguntas que estavam nos comentários da primeira edição, que já era sucesso em vários países. O apresentador conseguiu imprimir sua característica na condução, o programa posicionou-se para um estilo próprio e os participantes colaboraram com boas doses de intriga e polêmica. Pronto. As críticas foram rebatidas. E A Fazenda cresceu em audiência e repercussão. Durante três meses os demais realitys foram ofuscados pela rotina rural em busca de um milhão de reais.

Boninho, diretor do Big Brother Brasil, alfinetou o programa da concorrência logo nos primeiros dias de exibição da primeira temporada, através de seu Twitter. Depois teve que se calar. Perdeu com seu Jogo Duro e com No limite nos dias em que enfrentou A Fazenda. Questionado sobre a concorrência da segunda edição rural, a resposta veio mais humilde “são formatos diferentes” disse o diretor. A verdade é que a Record quer aproveitar o sucesso e repercussão que este programa conseguiu alcançar, que beneficiou toda sua grade de programação e, com isso em menos de dois meses já encaixa a segunda edição que desta vez não terá como cenário e charme o frio de Itu - cidade do interior de São Paulo onde é gravado o programa.

Termos como “ta na roça e fazendeiro da semana” viraram jargão conhecido do público. Como diferencial os 14 novos participantes passarão natal e ano novo confinados e terão o desafio de fazer da atração tão interessante como a anterior. É o teste para ver se a Fazenda será o reality que representa a TV Record assim como o Big Brother é para a rede Globo.

Em seus telejornais a Record, em respostas a ataques da concorrência, diz que o fim do monopólio da informação foi quebrado, com seus investimentos em jornalismo, teledramaturgia e esportes. É verdade. Hoje temos mais opções para escolher o que ver na TV, mesmo que o que se goste de ver não seja nenhuma destas alternativas. Caso a segunda edição de a Fazenda se consolide com sucesso, poderemos dizer que o monopólio do reality show também foi quebrado.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Preste atenção

Olhe João, preste atenção. José me traz notícias, notícias do alemão.
Maria, eu já sabia. Desde que se foi esvaiu com ela toda minha alegria.
Nada, nada além deste momento é capaz de me fazer voltar a tocar neste assunto.
Assunto que molesta, tema que incomoda, fato a que não falta argumento.
E notícias do alemão? Servem de recuperação, de salvação, apesar de nada ter mudado desde que tudo se tornou ilusão.
Revolta, reviravolta e nada mais volta.
Façam a roda, Pedro, Antonio, Carlos e João.
Com estas notícias em mãos nada mais resta do que forjar e recontar minha história sem salvação.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

PAZ SEM FRONTEIRAS II EM CUBA

Em terra de Fidel, o cantor colombiano Juanes, 37, realizou neste domingo 20, a segunda edição do show Paz sem Fronteiras, em Havana Cuba, para aproximadamente um milhão de pessoas.

Show gratuito em favor da paz teve participação de vários artistas latinos como o cantor espanhol Miguel Bosé, a cantora porto-riquenha Olga Tañon, e o grupo cubano Orishas. Em plena praça da revolução - que recebeu a visita do Papa João Paulo II EM 1998 - o evento foi transmitido ao vivo por várias televisões da América latina entre elas os canais de notícias Telesur - canal venezuelano financiado com o dinheiro do petróleo da PDVSA – e o colombiano NTN24 (Nuestra Tele Notícias) do canal RCN, além da estatal cubana Cubavisión.

Juanes pediu ao governo cubano que não utilizasse as imagens do show para fins políticos. Antes do início do espetáculo viam-se pessoas que protestavam com cartazes com o dizer: “Juanes pergunte para eles onde estão meus familiares” em relação aos desaparecidos por causa do regime cubano. Juanes que vem de um país que sofre com a guerrilha produzida pelo narcotráfico e pelas desigualdades sociais, tem nas letras de suas músicas a forma de lutar por um país e uma América latina mais justa e igualitária.

Questionado sobre a escolha polêmica de Havana, Cuba, para a realização da segunda edição de Paz sem Fronteiras, um dos participantes ligados ao cantor colombiano disse não saber o motivo real que levou Juanes a escolher a capital cubana e acredita que “o caminho para a paz não é fácil. E que talvez fosse mais bonito fazer o show ao lado da Disney, onde todos os cantores aceitariam participar e a cobertura seria muito maior. Mas esse não seria o objetivo” disse o cantor.

O espanhol Miguel Bosé ao terminar de cantar uma de suas músicas disse ao público que “a guerra é uma merda, os conflitos são uma merda” seguido por aplausos da multidão que compareceu à praça da revolução. Em Miami, cubanos exilados por causa do regime castrista protestaram contra a realização do evento em Havana e saíram às ruas para quebrar com martelo os CD´s de Juanes, chamando-o de traidor. Mesmo com as controvérsias que rondaram a escolha do local para a realização do segundo evento de Paz sem Fronteiras, o show foi considerado um êxito, questionando e atingindo boa parcela da população latina.

PS: Jornal Hoje da TV Globo, desta segunda-feira, 21, disse que Cuba teve o maior evento realizado na sua história com a participação de 500 mil pessoas – as emissoras latinas noticiaram 1 milhão – e disse que o show foi promovido “por um cantor colombiano”. Vale lembrar que esse cantor colombiano tem nome, Juanes, e a pesar de não ser muito conhecido no Brasil é ganhador de 17 Grammy latino. O Jornal Hoje ainda disse que o show foi realizado para aproximar a política do regime cubano com o resto da América latina, enfoque que as emissoras latinas não deram, já que o evento era em favor da paz.