
Sentei-me no banco do terminal. Sozinho estava a esperar. Ao meu lado, no outro banco, uma mãe carregada de bolsas estava a explicar e tentar convencer seu filho de algo que ele parecia ignorar.
Falava e falava. E como falava essa mulher. Mas falava com calma, com atenção, até que resolveu colocar-me no meio da conversa na intenção que eu concordasse com o que ela tanto tentava explicar ao filho.
Falou olhando-me, desviei o olhar para outro lado, mas ela insistiu em que eu participasse do que sei lá o que falava sem parar.
Tive que bancar o educado. Sorri e concordei sem saber. Jogou-me palavras sobre o tempo que havia melhorado, a natação do filho, o horário da aula, do ônibus e eu perdido com tantos assuntos sem saber sobre qual opinar.
Concordei algumas vezes e quando vi, o ônibus vinha salvar-me. Levantei-me, tentei despedir-me, cheguei a dizer tchau, mas restou-me ir em direção ao ponto e deixar a mulher falando sem parar.
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